A mudança em direção à sustentabilidade do agronegócio é um movimento sem volta, disse nesta sexta-feira (23.02), a Secretária de Mudança do Clima, do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni.
Segundo ela, as mudanças climáticas que já ameaçam diversos empreendimentos, vão obrigar o mercado a, cada vez mais, buscar alternativas mais ecológicas e sustentáveis.
Toni lembrou que, historicamente, o meio ambiente era visto como um luxo, mas agora a interligação entre desenvolvimento e questões ambientais é incontestável.
“Antigamente, meio ambiente era visto como um luxo. Existe a ideia de que, depois que os países ficam ricos, aí eu tenho a capacidade de me preocupar com o meio ambiente. A prioridade era o desenvolvimento. Hoje, a gente não consegue pensar em desenvolvimento sem pensar nas questões ambientais. É uma coisa só”, explica.
A Secretária destacou a transversalidade do tema da sustentabilidade no governo brasileiro e nas empresas, sublinhando a necessidade de adaptação diante das crescentes vulnerabilidades climáticas no país.
“O número de desastres de eventos extremos no Brasil está aumentando muito rapidamente. A vulnerabilidade climática que um país imenso como o Brasil tem é grande e, infelizmente, nós temos uma baixíssima capacidade de adaptação para os eventos de inundação. O Brasil ainda não está preparado para as mudanças do clima”, afirmou.
Segundo dados do governo federal apresentados no evento, dos 5.570 municípios brasileiros, 3.676 tem capacidade adaptativa para o clima. Além disso, ela apontou ser preciso investir em mão de obra especializada em tecnologias sustentáveis para a pauta avançar mais rapidamente.
Conheça os produtos SDFender e OrganBio da SDOrganicos. Produtos de alta qualidade que são referência em sustentabilidade para o agronegócio
Toni afirmou que o governo tem se movimentado e que planos para a apoiar a descarbonização devem ser apresentados ainda este ano, durante a COP-29, para “mostrar que o Brasil fez as suas lições de casa”.
Além disso, menciona a importância de investir em mão de obra especializada em tecnologias sustentáveis para impulsionar o avanço da agenda. A secretária afirma que o governo está agindo, planejando apresentar iniciativas de apoio à descarbonização durante a COP-29, ressaltando o papel crucial do Ministério da Fazenda na promoção de pautas climáticas alinhadas à economia.
“O maior aliado do Ministério do Clima é a Fazenda e o (ministro Fernando) Haddad. Eles pensam nos instrumentos econômicos, lançaram o plano de transformação ecológica e tem sido essenciais para difundir essa pauta”, disse Ana Toni.