A produção orgânica no Brasil encontra-se em um cenário desafiador devido à ausência de dados oficiais. Em contraste com nações como Estados Unidos e Argentina, que dispõem de bancos de dados públicos, a diretora técnica da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Sylvia Wachsner, destaca a falta de precisão nos números e informações sobre culturas e regiões exportadoras no contexto brasileiro.
A SNA tem instado o Ministério de Agricultura (Mapa) ao longo dos anos a atualizar as informações relacionadas ao setor orgânico. Apesar de reuniões na Câmara de Orgânicos do Mapa, a disponibilidade de dados permanece estagnada, conforme apontado por Wachsner.
A coordenadora do CI Orgânicos observa que o Brasil exporta diversos produtos orgânicos para os Estados Unidos, provenientes de diferentes estados do país. No entanto, destaca a dependência das informações do Ministério de Agricultura dos EUA para identificar as empresas brasileiras exportadoras, considerando a base de dados norte-americana mais detalhada.
A carência de dados abrangentes sobre a atividade orgânica no Brasil afeta diretamente os produtores, que buscam conhecimento e oportunidades de negócios em feiras. Além disso, a falta de informações prejudica o monitoramento e avaliação dos resultados dos investimentos do governo federal no apoio à participação desses agricultores familiares. A diretora técnica da SNA destaca a urgência de medidas governamentais para solucionar essa questão.