A sexta Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (#UNEA6) está em andamento em Nairóbi, capital do Quênia, reunindo chefes de Estado, ministros, e mais de 7 mil representantes de governos, sociedade civil e setor privado.
Durante o evento, que termina amanhã (1º de março), líderes governamentais discutem a adoção de 19 projetos de resolução, abordando temas como qualidade do ar, poluição química, desertificação, perda de biodiversidade e mudanças climáticas.
A UNEA, principal órgão multilateral de tomada de decisões em questões ambientais, congrega os 193 Estados-membros da ONU. Organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) desde 2014, a Assembleia também se destaca como um fórum para a participação de jovens, defensores do meio ambiente e movimentos sociais de todo o mundo.
A diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen, ressaltou a importância deste encontro em um momento considerado “crítico” para o planeta. A mudança climática se intensifica, 1 milhão de espécies estão em risco de extinção, e a poluição continua sendo uma das principais causas de morte prematura global.
Durante cinco dias de negociações, ministros, líderes empresariais, cientistas e ativistas ambientais exploraram soluções para a tripla crise planetária, abordando mudanças climáticas, perda da natureza e biodiversidade, além da poluição e do desperdício. Um dia será dedicado à importância dos Acordos Ambientais Multilaterais, uma série de pactos globais sobre o meio ambiente.
Os líderes presentes pretendem renovar os pedidos de progresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, um plano global para proteger o planeta e promover a prosperidade, sendo que apenas 15% das metas estão no caminho certo para serem alcançadas até 2030.
Leila Benali, ministra da transição energética do Marrocos e presidente da UNEA-6, afirmou: “Precisamos encontrar maneiras práticas de promover o direito humano a um ambiente saudável, crucial para o desenvolvimento sustentável.”
Este ano marca o 10º aniversário da UNEA, cujas sessões anteriores foram fundamentais para moldar a política ambiental global, incluindo a decisão de iniciar negociações em 2022 para um instrumento global juridicamente vinculativo para combater a poluição plástica. Observadores esperam que a UNEA-6 consiga construir sobre esses sucessos, unindo o mundo para um impulso crítico contra as mudanças climáticas, a perda da natureza e a poluição.
Inger Andersen, chefe do PNUMA, ressaltou que a UNEA-6 não resolverá os problemas do mundo da noite para o dia, mas unirá as nações sob a bandeira da ação ambiental, concentrando esforços nas principais soluções e orientando o trabalho do PNUMA neste período crítico para as pessoas e o planeta.
