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Entidade internacional recomenda maior colaboração Brasil-China para ampliar mercado sustentável


Um estudo da Climate Bonds Initiative (CBI) recomenda colaboração entre Bancos Centrais e acordo bilateral para apoiar agricultura de baixo carbono. A CBI é uma organização internacional sem fins lucrativos que promove investimentos em grande escala, visando acelerar a transição para uma economia global de baixo carbono, direcionando investimentos para projetos e ativos que contribuem para a mitigação das mudanças climáticas e adaptação aos seus efeitos.

O estudo, publicado esta semana aponta que o estabelecimento de critérios para a produção rural sustentável no Brasil pode facilitar e ampliar ainda mais o comércio com o principal cliente do setor, a China. Segundo o relatório da CBI Brasil e China poderiam colaborar em uma “taxonomia harmonizada”, é um sistema de classificação unificado que utiliza critérios e definições consistentes para categorizar informações e facilita o compartilhamento e a análise de dados da chamada agricultura verde.

Ou seja, com um sistema unificado seria possível comparar e alinhar os critérios para concessão de finanças verdes entre os dois países e com isso, Brasil e China conseguiriam definir o que é “verde” dentro do setor, com regras claras, para facilitar o entendimento do público interessado e facilitar os fluxos financeiros.


Produtos como o adubo orgânico OrganBio e o aditivo SDFender são de fundamentais para a produção agrícola sustentável visando o mercado internacional.
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Segundo a CBI, isso potencializaria os fluxos financeiros verdes entre os mercados brasileiro e chinês e criaria um entendimento comum sobre os benefícios de comprar de cadeias sustentáveis. O documento destaca que China e Brasil já tentam harmonizar esses critérios internamente, reconhecem os desafios comuns de degradação de terras, poluição e mudanças climáticas e compartilham prioridades políticas. O foco sino-brasileiro deve ser a descarbonização do uso do solo, a captura de carbono por florestas e agricultura, a rastreabilidade da produção e a conservação da biodiversidade.

A CBI aponta ainda que o desenvolvimento de infraestrutura “adaptativa às mudanças climáticas e amigável ao clima” deve ser incorporado como uma base crítica para uma produção agrícola eficiente e de alta qualidade.

O documento faz sete recomendações práticas para a transição verde e o desenvolvimento sustentável bilateral. A primeira é estabelecer critérios para agricultura sustentável a partir da criação de um quadro colaborativo entre os bancos centrais de China e Brasil para práticas, investimentos e atividades de financiamento da produção. A CBI destaca também a necessidade de priorizar áreas-chave e intensificar inovação, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias.

A entidade defende que sejam estabelecidos acordos bilaterais de comércio que apoiem investimentos e financiamentos à agricultura sustentável. E indica a oportunidade de direcionar fluxos de capital, como um fundo especial entre Brasil e China, para apoiar o setor e priorizar empréstimos “verdes”.

O relatório também sugere a redução dos custos de transação, com abordagens inovadoras para criar um ambiente financeiro mais propício aos aportes na sustentabilidade da produção do campo, e a criação de plataformas de parceria com instituições financeiras para incentivar a colaboração na identificação de projetos.