Começar a funcionar agora em março a Câmara do Agrocarbono Sustentável, instalada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para discutir soluções para a promoção do agronegócio, aliadas às baixas emissões de gases de efeito estufa, alavancar o debate e reforçar políticas públicas que promovam a sustentabilidade do agro, entre muitos outros temas correlatos. O colegiado, que já havia sido anunciada em novembro de 2023, reunirá representantes dos setores público e privado.
O presidente da Câmara, José Angelo Mazzillo Júnior (foto), explicou que a iniciativa permitirá a construção de políticas integradas e estratégias colaborativas que enderecem questões críticas como segurança alimentar, combate à fome, conservação ambiental, resiliência climática e manutenção da posição de grande exportador global, alinhando o setor agropecuário brasileiro com as demandas da sociedade e as expectativas do mercado internacional.
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Segundo José Mazzillo, a discussão em torno destes temas está bastante pulverizada e que é preciso coordenar as várias iniciativas, “todas são meritórias, aproveitarmos a sinergia e evitarmos hiatos. Precisamos ter um plano de país em relação à sustentabilidade do Agro bastante integral e abrangente”, disse.
Com 74 titulares e o mesmo número de suplentes, a câmara reunirá representantes de associações de diferentes setores rurais, bancos financiadores, instituições científicas, organizações não governamentais, representações sociais e órgãos do governo. Todos com o objetivo de construir políticas que garantam ao país segurança alimentar, climática e ambiental, associadas a um setor agropecuário produtivo em escala global.
A Câmara terá quadro grupos temáticos: taxonomia; rastreabilidade e certificações; finanças sustentáveis e a participação nos mercados de carbono, que buscam debater, como foco principal, um futuro em que a agropecuária brasileira seja reconhecida não apenas como mais produtiva, mas também como um exemplo de desenvolvimento econômico e responsabilidade socioambiental.
A câmara contará com 44 entidades na sua composição inicial, dentre eles representantes de produtores e proprietários rurais, financiadores, certificadores, auditores, agtechs, reguladores, academia e entidades envolvidas com o tema da sustentabilidade das cadeias produtivas do agronegócio para promover a construção de soluções sustentáveis mais abrangentes e eficazes.
“Além do Mapa, teremos um público bastante diverso. E é isso que a gente quer, queremos integrar todas as visões para direcionar o foco das pessoas em relação ao tema sustentabilidade do agro e da atração das boas iniciativas”, disse José Angelo Mazzillo Júnior.