adubo-organico-sd-organicos (1)

Mercado de carbono e sustentabilidade podem atrair mais de R$ 600 bilhões até 2030

O mercado de carbono tem se tornado central nas discussões sobre sustentabilidade, com o agronegócio brasileiro assumindo papel protagonista. Ainda fora da regulamentação específica, o setor enfrenta desafios e, ao mesmo tempo, vislumbra oportunidades significativas. Segundo estudos da Câmara de Comércio Internacional, o mercado de carbono pode atrair mais de R$ 600 bilhões para o Brasil até 2030, transformando o país em referência na economia verde.

Para os especialistas, o Brasil tem avançado no tema sustentabilidade, evidenciado pelo Projeto de Lei 2148/15, que estabelece as bases para a regulamentação do mercado de carbono. A medida se mostra crucial para assegurar oferta e demanda, além de fornecer segurança jurídica às empresas do setor.

Os pesquisadores do setor ressaltam que as principais oportunidades para o Brasil, no mercado de carbono, estão no agronegócio, destacando práticas como a recuperação de pastagens degradadas, o plantio de árvores em áreas de preservação permanente, a adoção de práticas agrícolas regenerativas, a adoção de produtos naturais (como o adubo orgânico OrganBio) e a produção de bioenergia.

Para os técnicos, o setor ainda enfrenta desafios, como a medição precisa das emissões agrícolas, o que demanda por investimentos em tecnologias avançadas de monitoramento. As regulamentações ambientais em constante evolução também adicionam complexidade, sendo um desafio para empresas navegarem pelo cenário normativo em transformação.

O custo inicial para implementar práticas sustentáveis pode limitar pequenas e médias empresas do agronegócio. A necessidade de rápida capilarização das práticas sustentáveis no setor agrícola destaca a importância de promover uma mudança cultural.

Apesar desses desafios, a boa notícia é que o agronegócio brasileiro encontra ótimas oportunidades na inovação tecnológica. A agricultura de precisão, Internet das Coisas (IoT) e outras soluções avançadas possibilitam práticas mais sustentáveis. Mesmo fora da regulamentação direta, o agronegócio pode participar do mercado voluntário de carbono, tornando-se fornecedor de créditos de carbono.

Certificações ambientais, uso de energias renováveis e a colaboração estratégica com organizações e instituições de pesquisa são ferramentas importantes. Práticas sustentáveis não só contribuem para a redução das emissões, mas também fortalecem a imagem das empresas, agregando valor à marca. Superar esses desafios não apenas beneficia o meio ambiente, mas também promove vantagens econômicas, melhorando a eficiência operacional e atraindo consumidores conscientes.