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Integração de atividades agrícolas, pecuárias e florestais é boa opção de renda sustentável

A versatilidade do componente florestal na Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) continua a ser uma estratégia promissora em 2024, oferecendo benefícios econômicos e ambientais aos produtores. Além de mitigar a pressão sobre as matas nativas, o cultivo de árvores no sistema proporciona receitas a médio prazo, através da produção de madeira, celulose, carvão vegetal e outros produtos,como o Extrato Pirolenhoso SDFender, um importante adjuvante da produção agrícola.

Os sistemas de ILPF representam uma abordagem sustentável que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais em áreas cultivadas consorciadas, em sucessão ou rotação. Além de respeitar o meio ambiente, esses sistemas valorizam os produtores, sendo economicamente rentáveis e aplicáveis em propriedades de diversos tamanhos e regiões do país. As combinações incluem integração agropastoril, silviagrícola, silvipastoril ou agrossilvipastoril.

Geralmente, as árvores são implantadas no início dos sistemas de integração, como ILPF. Na região Centro-Norte do país, o plantio preferencialmente ocorre no sentido Leste-Oeste, respeitando a conservação da água e do solo. O espaçamento entre as árvores varia de acordo com as condições locais e a finalidade desejada pelo produtor. A pesquisadora Karina Pulrolnik, da Embrapa Cerrados, destaca que, para a produção de madeira para serraria, os espaçamentos são maiores, enquanto plantios mais densos são recomendados para usos energéticos e celulose.

No sistema ILPF completo ou na modalidade silvipastoril, as árvores oferecem conforto térmico aos animais, sombreando a pastagem. As folhas e galhos que caem no solo contribuem para o aumento da matéria orgânica. A desrama e o desbaste são práticas de manejo essenciais, realizadas para aumentar a luminosidade nas áreas intercaladas com pastagem ou lavoura.

Uma pesquisa da da Embrapa Cerrados aponta que no Brasil, as espécies mais utilizadas são de eucalipto, oriundas da Austrália. O eucalipto é estudado há mais de 50 anos no país, com clones adaptados para diferentes regiões. Além disso, espécies nativas, como paricá, seringueira, macaúba e pau-de-balsa, e árvores exóticas, como mogno africano e teca, também podem ser incorporadas aos sistemas ILPF.

A ILPF é considerada uma prática de agricultura de baixa emissão de carbono, estocando grandes quantidades de carbono no solo e nas plantas. Estudos em andamento buscam avaliar a dinâmica do carbono e as emissões de gases de efeito estufa nos diferentes sistemas, visando identificar aqueles mais sustentáveis do ponto de vista das emissões.