por EdEn Conteúdos – A dependência do Brasil na importação de mais de 87% dos fertilizantes utilizados em sua agricultura vem acendendo alertas no setor agropecuário, especialmente em culturas essenciais como soja, arroz, trigo, milho, além de frutas e hortaliças. Este cenário de vulnerabilidade foi intensificado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia no último ano, destacando a urgência de o país garantir sua autossuficiência na produção desses insumos vitais.
José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), defende a necessidade de o Brasil desenvolver uma estratégia nacional para reduzir sua exposição a imprevistos do mercado internacional. “A busca pela autossuficiência em fertilizantes é crucial para diminuir a vulnerabilidade econômica diante de fatores externos imprevisíveis e incontroláveis”, afirma Pedrozo.
O Adubo Orgânico SDM é um composto orgânico de resíduos animais, vegetais e remineralizadores do solo com macro e micronutrientes necessários para a nutrição e proteção do solo e plantas. Um produto com baixa umidade e capacidade de troca catiônica (CTC) acima de 33 Cmol/Kg, relação Nitrogênio – Carbono de 12 para 1, PH acima de 7,50% e acima de 5% de matéria orgânica.
LEGISLAÇÃO – O Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em março de 2022, representa um passo significativo nessa direção, visando atingir a meta de produzir metade dos fertilizantes demandados pela agricultura nacional até 2050.
Pedrozo pediu o apoio da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA) para agilizar a aprovação de legislações que fortaleçam a produção interna de fertilizantes, como o Projeto de Lei 3507/2021. Este projeto, que propõe a criação do Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert), busca oferecer incentivos fiscais para estimular investimentos no setor.
Uma das possibilidades é diversificar as fontes de adubos, incluindo a ampliação da produção de fertilizantes orgânicos, mais sustentáveis e econômicos. Essa medida não apenas contribuiria para a segurança alimentar como também para a sustentabilidade ambiental da agricultura brasileira.
O desafio da competitividade também foi enfatizado pelo presidente da CNA, que aponta o alto custo de produção nacional em comparação com a opção de importar esses insumos. O Brasil, sendo o quarto maior consumidor mundial de fertilizantes, tem potencial para explorar suas ricas reservas de matérias-primas, como gás natural, rochas fosfáticas e potássicas, além de micronutrientes, localizadas em estados como Sergipe e Amazonas.
A iniciativa do Plano Nacional de Fertilizantes e o apoio legislativo ao Profert são vistos como passos essenciais para fortalecer o agronegócio brasileiro, reduzindo sua dependência das flutuações do mercado internacional e assegurando uma produção agrícola robusta e sustentável para o futuro.
Com informações da MB Comunicação