por EdEn Conteúdos – Os ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e das Relações Exteriores (MRE), coordenadores do Grupo de Trabalho (GT) sobre Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20, apresentaram a representantes de organizações da sociedade civil, nesta sexta-feira (26.01), como serão os trabalhos em 2024, sob a presidência rotativa do Brasil. O G20 é o fórum que reúne as principais economias do mundo, além da União Africana e da União Europeia.
Na abertura da sessão virtual, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, explicou que o GT terá quatro temas prioritários para identificar soluções para os desafios ambientais e climáticos em âmbito mundial: adaptação preventiva e emergencial frente a eventos climáticos extremos; pagamentos por serviços ecossistêmicos (remuneração e incentivos a quem preserva recursos da natureza, como solo, água e biodiversidade); oceanos; e por fim, resíduos e economia circular (desenvolvimento econômico associado a um melhor uso de recursos naturais).
O Brasil tem se destacado no cenário internacional pelo crescente e expressivo aumento no uso de fertilizantes sustentáveis, produzidos a partir da reutilização de resíduos orgânicos, como dejetos de animais, resíduos da agroindústria e restos de alimentos. Este mercado de insumos biológicos é estimado atingir cerca de R$ 100 bilhões até 2026, refletindo um crescimento de 74% em apenas quatro anos.
O setor agrícola brasileiro tem adotado práticas mais sustentáveis, impulsionando a demanda por fertilizantes que promovem a reutilização de resíduos orgânicos. Esta mudança de paradigma visa não apenas aumentar a eficiência agrícola, mas também reduzir o impacto ambiental associado ao uso de insumos tradicionais.
A busca por alternativas mais ecológicas tem ganhado destaque, alinhando-se a preocupações ambientais globais. A transição para práticas agrícolas mais sustentáveis é um tema que tem sido discutido em diferentes esferas, incluindo eventos como o Grupo de Trabalho sobre Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20.
O Brasil, que assume a presidência rotativa do G20 em 2024, destacou durante a sessão virtual, a importância de temas como resíduos e economia circular. A sustentabilidade ambiental, incluindo práticas agrícolas responsáveis, é considerada crucial para enfrentar desafios climáticos e ambientais em escala global.
A adoção crescente de fertilizantes sustentáveis no Brasil reflete não apenas uma resposta às demandas do setor agrícola, mas também uma mudança de mentalidade em direção a práticas mais equilibradas e amigáveis ao meio ambiente. O diálogo entre governo, sociedade civil e setor produtivo é essencial para fortalecer essa transição e promover soluções eficazes para os desafios ambientais.
Um bom exemplo é o adubo SDM, um composto orgânico de resíduos animais, vegetais e remineralizadores do solo. Com macro e micronutrientes necessários para a nutrição e proteção do solo e plantas, o produto oferece mais do que nutrientes para o solo e para as plantas, é também uma solução sustentável, produzida com consciência e responsabilidade ambiental. O SDM Adubo é elaborado a partir de matérias primas renováveis, oriundas da atividade industrial. Alinhado aos princípios do desenvolvimento sustentável e da nova era da agricultura no Brasil.
O tema da sustentabilidade ambiental e climática é tratado no G20 desde 2017. Esse é um dos 15 grupos de trabalho que compõem a chamada Trilha de Sherpas do G20, que supervisiona as negociações e discutem os pontos que formam a agenda da próxima cúpula dos chefes de Estado do G20, em 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O G20 ainda conta com a atuação da Trilha de Finanças, que trata de assuntos macroeconômicos estratégicos. Durante o mandato do Brasil, até novembro, estão previstas 120 reuniões de todos grupos nos formatos virtual e presencial, para alinhar os entendimentos sobre os temas.
Com informações da Agência Brasil